Una
-BA, possui uma colônia de japoneses que foi instalada lá na década de 50
e com eles trouxeram muita riqueza e técnicas modernas de agricultura dentre
elas, o cultivo do mangostin (Mangostana
orella), fruto de origem asiática, introduzido na América em 1880,
considerada a rainha das frutas, título dado pela Rainha Vitória (1819-1901),
uma das mais saborosas e deliciosas frutas do mundo, tem um alto valor de
comercialização e contribui para a melhoria substancial de vida dos seus
produtores e a cidade de Una no Sul da Bahia, numa região turística chamada
Costa do Cacau é o maior produtor com um fruto de alta qualidade e valor
comercial no Brasil, porém pouco aproveitado com suas demais propriedades,
sendo exportado o fruto in natura e utilizado para consumo.
Entre os anos de 1953 e 1962, três colônias
japonesas foram criadas pelo governo no Estado da Bahia, com o objetivo de
povoar e desenvolver áreas improdutivas e praticamente abandonadas, que foram elas: Una e Ituberá, no Sul; além
do Núcleo Colonial Juscelino Kubistcheck, localizada no município de Mata de
São João, abrigando 172 famílias, no total. Estas colônias mantiveram convênio
com o Instituto Nacional de Imigração e Colonização –INIC, órgão responsável
pela divisão de terras e empréstimo dos chamados “ lotes de terras” às
famílias. O contrato firmado entre Brasil e Japão, exigia a permanência mínima
de 3 anos no país, capacidade para trabalhar de pelo menos três membros em cada
família, recurso individual de 5.000 ienes, de cinco anos de experiência
anterior, em
agricultura.
Una foi a primeira cidade do nordeste a receber imigrantes
japoneses, na chamada “Segunda fase migratória”. Aqui os imigrantes se
dedicaram a cultura do cacau, arroz, produtos de horticulura e frutas em geral
e em especial o Mangostin (Mangostana orella) trazido para cá por Susumi Kamoshida no Núcleo Colonial de
Una, o serviço de escoamento da produção para o mercado fez-se em razoáveis
condições, ora diretamente na época de produção que ocorrem geralmente duas
vezes ao ano (Dezembro/Janeiro) e (Junho/Julho) por um grupo de produtores da
comunidade da Colônia de Una.
A cidade de Una foi escolhida, pela sua
localização geográfica da costa marítima, saciando a saudade japonesa do mar,
pelas condições do solo e do clima, além da produção de cacau e mandioca. O
chocolate para eles era um sinal de status, devido a importância econômica no
mercado Europeu. Os japoneses
introduziram na Colônia de Una novas técnicas de adubação, irrigação e
hibridação de sementes, inserindo novos hábitos alimentares na cultura do povo
de Una.
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